O aprofundamento deste esforço de formação, nos termos das conclusões apresentadas naquele Relatório, pode passar pela adopção de várias medidas, destacando-se as seguintes:

• Diversificar a criação de unidades de formação de todos os órgãos e serviços da Administração Pública;
• Assegurar a execução de planos de formação, com base no diagnóstico das necessidades reais dos serviços e na implementação de sistemas de controlo;
• Reforçar a participação na formação, elevando o número de horas de formação por trabalhador e corrigindo os desequilíbrios entre grupos profissionais;
• Aumentar o volume de formação inicial, em articulação com o planeamento/recrutamento anual de trabalhadores;
• Diversificar os regimes de formação, reforçando a organização da formação em regime misto/blended learning ou e-learning, em detrimento do forte peso actual da formação em regime presencial, com recurso, designadamente, ao financiamento comunitário para o apetrechamento de instalações e aquisição de meios tecnológicos;
• Aumentar o investimento em formação, elevando as verbas para a formação no orçamento do pessoal e dos serviços;
• Rentabilizar as potencialidades do Programa Operacional Potencial Humano (QREN), promovendo o financiamento de formação por recurso às verbas previstas no Eixo 3 - Gestão e Aperfeiçoamento Profissional e Tipologia de Intervenção, 3.3 - Qualificação dos Recursos Humanos da Administração Pública;
• Incentivar a formação em regime de autoformação, reforçar o controlo e o registo das acções de formação frequentadas sob este regime;
• Avaliar e registar o impacto da formação ministrada, no funcionamento dos serviços e na qualidade dos serviços prestados.

Neste contexto, a implementação de um programa de formação profissional extensivo a toda a Administração Central do Estado, alargando de forma mais ambiciosa o actual universo dos destinatários da formação e introduzindo novos conteúdos e formatos adaptados às necessidades dos serviços e trabalhadores, alinhados com as medidas acima descritas, constituem aspectos importantes a considerar neste domínio.

Tais medidas vêm ao encontro do denominado "Triângulo do Conhecimento" que, na Estratégia de Lisboa pós-2010 no âmbito da iniciativa europeia "Novas Competências para Novos Empregos", faz referência expressa à necessidade do aproveitamento pleno do potencial de cada indivíduo.

Assim, a identificação das reais necessidades de formação dos órgãos e serviços da Administração Pública, aproveitando os instrumentos de gestão disponíveis, como é o caso do sistema integrado de avaliação do desempenho, através do integral preenchimento da ficha de SIADAP, onde devem ser identificadas as necessidades de formação e desenvolvimento profissional e ainda dos deveres informativos por parte dos serviços previstos no Decreto-Lei n.º 50/98, de 11 de Março, pode constituir um contributo significativo para se alcançar este desiderato.

Preparámos para si alguns sítios onde poderá recolher informações úteis sobre este tema, consulte a nossa apresentação.